“Eu quero ser o melhor deputado que esse Estado já teve”, afirma César Paraná

Sexta, 05 Setembro 2014 00:00

Jornal – Desde quando decidiu entrar para a política?

César Paraná – Eu sempre tive desejo de ajudar. E por muito tempo fui de certa maneira um “agente promotor político dos outros”, e muitos desses me decepcionaram, não corresponderam às expectativas anunciadas nas campanhas. E de um tempo pra cá recebi o convite do Partido Trabalhista Cristão (PTC) para me filiar à sigla com o objetivo de disputar uma eleição. Eu sinceramente até pensava nisso, mas não para esta eleição. Porém, indignado com muita coisa, completamente decepcionado com a maioria da classe política e suas atitudes, eles pensando somente em seus interesses pessoais e deixando o povo de lado, eu me reuni com minha família e amigos e resolvemos então enfrentar esse desafio. Decidi que era hora de parar de reclamar e começar a fazer. Fiz uma pesquisa e identifiquei que meu nome era bem aceito e se encaixava na renovação que o povo deseja para a política, afinal, as pessoas estão enjoadas de políticos profissionais repetindo de quatro em quatro anos as mesmas promessas e os mesmos discursos.

Jornal – Caso seja eleito, quais os principais projetos que o veremos realizar?

César – Eu tenho focado minhas discussões e construção de projetos baseados em temas direcionados a Educação, Cultura e Esporte, porque acredito que se levarmos a sério os investimentos nestas áreas estaremos trabalhando a formação da sociedade para o futuro, e uma sociedade com característica de sociedade pensante, sociedade ativa. Dentro destes temas tenho um projeto, por exemplo, que prevê a obrigatoriedade do governo em destinar o equivalente a 20% dos recursos de obras de infraestrutura para obras de promoção da cultura como Centros de Evento, Museus, Conchas Acústicas, Monumentos, Livrarias e outros... Além disso, quero auxiliar os artistas iniciantes e criar alguns mecanismos de valorização de artistas locais nos grandes eventos dos municípios, quando utilizarem dinheiro do Estado para fazerem seus eventos. Tenho uma preocupação muito grande com o futuro dos rodeios e da tradição gaúcha e CTGs também, afinal, a falta de informação faz com que queiram acabar com os esportes que envolvem animais, sem conhecer verdadeiramente como esses animais são tratados tanto nos rodeios country, quanto nos rodeios crioulos. Outro projeto que quero reativar em Santa Catarina é um trabalho na Educação que há algum tempo era realizado aqui, e que, por questões políticas deixou de acontecer. É um projeto que trabalha a formação de adolescentes e jovens com visão cidadã, de líderes e empreendedores, que não limita o jovem ao chão de fábrica pelos desafios que o projeto faz o adolescente e o jovem encarar. É algo muito bom que vem sendo desenvolvido em outros lugares no Brasil e em outros países, que eu reafirmo, já foi realizado em Santa Catarina por um período, mas que ciúmes políticos impediram o projeto de ter continuidade. Eu fiz questão de conhecer a fundo esse assunto durante o período pré-eleitoral e continuo recebendo informações até hoje sobre isso.

Jornal – Nos dê mais detalhes a respeito deste projeto na área de educação.

César – Claro que a parte pedagógica do projeto terá que ser construída por profissionais do setor, ou seja, pelos professores, mas a ideia basicamente é criar situações nas escolas onde os estudantes possam estruturar projetos que visem beneficiar suas próprias comunidades escolares e que ao mesmo tempo esses adolescentes e jovens possam assumir responsabilidades que “pertencem ao mundo adulto”, mas não é restrito às salas de aula, vai além dos portões da escola. O objetivo é envolver toda a comunidade escolar que é formada por alunos, pais, professores e profissionais em geral que atuam na escola, além de empresas e instituições da região, enfim, é algo muito bacana que onde é realizado tem gerado efeitos extremamente positivos. 

Jornal – O senhor foi secretário de educação, cultura e esporte em Ibicaré. Quais as ações que realizou naquela época?

César – Isso já faz um bom tempo, foi inclusive em um momento que minha carreira como Locutor de Rodeio estava começando a tomar reconhecimento nacional. E foi uma experiência muito boa pra mim e os resultados dos trabalhos desenvolvidos na época em Ibicaré, também foram muito positivos para a cidade. Inclusive, lá criamos a primeira escolinha de rodeio infantil do Brasil, e mais tarde, Ibicaré foi intitulada como Capital Catarinense do Rodeio. Enfim, essa experiência serviu para que eu tivesse o meu primeiro contato com a vida pública e lá aprendi muito. Principalmente sobre responsabilidade com o dinheiro público, porque a pessoa que me deu essa oportunidade foi o prefeito Ari Ferrari, que até hoje eu o tenho como um pai e um exemplo de pessoa e de homem público. O Ari certamente é uma das pessoas mais sérias e honestas que eu conheci em toda a minha vida. Ele foi a minha escola na política, somos grandes amigos até hoje e tenho nele um grande conselheiro, realmente uma relação de pai e filho.

Jornal – Você tem uma forte ligação com o público que acompanha o seu trabalho artístico. O que as pessoas lhe dizem. O que elas esperam do candidato César Paraná?

César – Primeiro, as pessoas não querem que eu deixe o rodeio nunca, e essa certeza todos podem ter, minha profissão continuará sendo a mesma, vou continuar fazendo aquilo que eu mais gosto que é narrar rodeio, até porque, eu não quero me tornar político profissional como muitos tratam. Eu sou contra a permanência dessas pessoas em cargos políticos a vida toda. Muitos só estão lá pra se aproveitar da máquina pública. Eu fico impressionado, inclusive, com o enriquecimento de alguns desde que entraram na política, isso é uma palhaçada com o povo. Graças a Deus eu sou um dos principais nomes do Rodeio brasileiro hoje. Faço mais de 60 rodeios por ano, consigo escolher onde e com quem eu trabalho no Brasil, sou bem recompensado por isso e tenho junto de mim um público muito fiel e naturalmente carinhoso. Então, o que as pessoas mais me pedem, é para que eu não me corrompa e não os decepcione, que eu faça diferente, que eu seja de fato um agente da mudança. Eles me pedem que eu entre na Assembleia com a mesma coragem que eu entro na Arena do Rodeio, que eu enfrente com coragem os desafios que vão surgir na vida pública. E isso me deixa muito feliz, porque tenho o meu público muito próximo de mim, sempre fiz questão de conversar com as pessoas e de ser muito próximo do meu público. Isso eu nunca vou deixar de ser. Tem uns caras que se tornam políticos e parecem que ficam cegos, começam a se sentir “estrelas” demais. Isso é uma baita de uma bobagem, os caras esquecem quem eles foram e quem eles são realmente, ou seja, não são melhores que ninguém. Muito pelo contrário: Político tem que estar é cada vez mais próximo das pessoas, mas com sinceridade, não aparecer só em época de eleição e lembrar o nome do cidadão só quando precisa do voto dele de quatro em quatro anos. O povo tá enjoado disso. 

Jornal – O senhor é novo na política, sendo a primeira vez em que concorre a um cargo eletivo. As dificuldades são maiores?

César – Eu faço parte de um grande projeto de renovação, e acredite, eu estarei lá na Assembleia Legislativa como o deputado das pessoas que estão lendo esta entrevista. Eu quero ser o melhor deputado que esse Estado já teve, e pra isso, estudo há anos a situação do nosso Estado, e tenho certeza que estou pronto para lutar para que as pessoas tenham uma vida melhor. Eu sou uma pessoa do bem, procuro ajudar os outros e sou ficha limpa, ou seja, chego com a cara e as mãos limpas, e é assim que eu sempre estarei. O grande erro dos políticos é se distanciar da população, ao contrário do que eu penso, pois, podem escrever, eu estarei ao lado do povo. O povo que deve mostrar o caminho que a política tem que seguir. E quanto às dificuldades, com certeza, o que nós candidatos novos passamos é uma situação de ficar encabulado. Existem algumas panelas na política que são blindadas. Esses caras, eles não querem gente nova de forma alguma. As pesquisas em todo o Brasil apontam o desejo popular para a mudança, para a renovação, para candidatos jovens, mas aqueles que estão lá e que não representam nem a renovação, nem a juventude e muito menos a mudança, tentam de diversas maneiras impedir então que a renovação aconteça. Mas eu tenho certeza de que uma boa parte da sociedade vai dar uma basta nesses políticos profissionais e vai enfrentar essa luta junto comigo, afinal, o povo tá cansado desses caras. É sempre os mesmos, sempre os mesmos... Chega né!

Jornal – Mas voltando às dificuldades de ser novo na política. Como você avalia isso?

César - Eu tenho a total tranquilidade para debater com qualquer outro candidato, seja o que for. As pessoas precisam avaliar cada candidato, qual é o seu histórico, o que traz de propostas e se ele cumpre quando promete. Também é preciso pensar que não podemos eternizar as pessoas no poder, e que é preciso renovar, buscar nomes novos que tragam ideias novas, sem os vícios que a política cria em alguns que passam anos ocupando os espaços públicos, mas sem devolver à população em ações, o voto de confiança que ela deu ao ir às urnas. Tem quem se sirva da política a vida toda, e eu sempre digo ao grupo que tem coordenado a minha campanha, que se eu estava tão indignado com a política que eu não tinha coragem de votar em ninguém, só que isso seria horrível da minha parte, porque quem não participa da política ajuda a deixar tudo como está e pronto, nunca vai mudar mesmo. Mas eu cansei de ficar só reclamando, reclamando e reclamando, é hora fazer alguma coisa, é hora de me envolver, se eu quero que seja diferente eu vou ter que fazer essa diferença. E quanto aos setores que eu não domino tecnicamente pra discutir na Assembleia, eu sei onde encontrar pessoas que conhecem, e vou fazer questão de ouvir as classes, as categorias profissionais. Não tem como o deputado dominar todos os assuntos, e nem deve, mas tem a obrigação de reunir as pessoas interessadas e afetadas e ouvir elas, construir junto, até porque assim eu não vou trabalhar baseado em “achismo”, vou trabalhar baseado em dados, informações reais.

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